quarta-feira, 5 de outubro de 2011

HISTÓRIA DE VIDA DE NONÔ CENTENO,CORONEL(AVENIDA).

NONÔ CENTENO...
NOME EM QUE SE DEU ORIGEM AO NOME DA NOSSA AVENIDA(NONÔ CENTENO).

Antes de receber a denominação atual, a avenida Coronel Nonô centeno não tinha esse nome,era conhecida em documentos oficiais como escrituras de até 1930 com certeza como "a estrada que segue  desta Villa" e fazia parte da Fazenda São Lourenço.
Essa "estrada" ligava a rua de Boqueirão de Knüppeln de Alfredo Born, ao Banhado Grande.
Antonio Manoel Crespo Centeno nasceu no ano de 1872, tendo recebido ainda quando criança o apelido de "Nonô".
Era filho de Antonio Manoel Gonçalves Centeno(sobrinho-neto) de Bento Gonçalves,o herói farroupilha e de America Crespo(filha do grande proprietário de terras e pecuarista Lourenço Crespo).
"Nonô" casou com Tereza Banhara Abreu Guimarães(filha do fundador do povoado de São Lourenço e financiador da colonização alemã de São Lourenço, José Antonio d, Oliveira Guimarães e de Tereza Ana Joaquina dos Santos Abreu),com quem teve os filhos:Leopoldo Marcelo Centeno, America Centeno(de Oliveira), Lourenço Valerio Centeno, Pelegrino Guimarães Centeno, Conceição Julia Guimarães Centeno e Julia Guimarães Centeno.
Fazendeiro,"Nonô" Centeno adquiriu o título de major e ,mais tarde,coronel da Guarda Nacional,tendo sido eleito por quatro vezes intendente do Município(prefeito), permanecendo como tal entre os dias 15 de novembro de 1904 a 31 de agosto de 1917,quando faleceu subitamente,tendo sido um dos mais atuantes e bem aceitos(inclusive pelos colonos alemães de quem era amigo) chefes do executivo que São Lourenço já teve.
Durante sua última gestão administrativa, Antonio Manoel Crespo Centeno adquiriu tifo(ele e sua filha America),doença relativamente comum numa época em que não havia qualquer tratamento de água e muito menos de esgoto.
No fim do mês de agosto de 1917, durante sua convalescença,viajou a Pelotas, onde morava sua mãe,para vistá-la, enquanto conversava, sentado na sala, sentiu-se repentinamente náuseas, e um vômito de sangue inesperado fez ele cair no chão, estava morto.
Tinha apenas 45 anos de idade, foi enterrado no cemitério municipal de Pelotas, sua viúva e filhos talvez por sofrer sério abalo emocional, mudaram-se para aquela cidade e nunca mais voltaram a São Lourenço do Sul.
Era intenção do dr. João Baptista Brauner, quando prefeito, construir um largo arborizado e fartamente iluminado na esquina da avenida Coronel Nonô Centeno com a rua dos Atirados(hoje rua 25 de Julho) onde, em seu centro,seria erguido um pedestal com 1,50 metros de base por 2,50 etros de altura, acima do qual se levaria um obelisco(ou similar), em homenagem ao agricultor.
Centeno preocupava-se muito em desenvolver seu município, não só na cidade onde fez grandes obras como também na zona colonial onde tinha bons amigos.
Um dos maiores e lícidos golpes políticos de que se tem notícias na história do Município foi praticado por ele ao ser chamado á capital pelo presidente do Estado, Carlos Barbosa, em 1913, para comunicar que "sua ponte já está pronta", Nonô não pestanejou.
Essa avenida é localizada no corredor de saída norte,e  á frente do largo ficou gravada um pórtico com o seguinte diser:"Seja Benvindo á São Lourenço do Sul".


Fonte: livro: João Baptista Braunner-Plano de Urbanização e Obras da cidade e do Município de São Lourenço do Sul-Of.Gráf.:EDDA- Edição:1959-Pág.:25 e 26.

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